Agora
chegou o tempo das grandes mudanças pessoais e coletivas. Gosto de falar nisso,
Urano, o revelador do conhecido, está aí emanando suas energias e virando o
mundo de cabeça para baixo. E ai de quem não encarar suas lava-jatos, acarajés
e tantas outras investigações interiores... Comigo não está sendo diferente.
Fiz uma lista dos meus principais defeitos – uma espécie de pecados capitas
particulares -, e estou praticando o desapego deles. Difícil! Mas sugiro que
façam! Exercício de autoconhecimento muito poderoso.
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Mas
como circular por entre esses vai e vem das transformações? Como encarar essa
palavrinha “crise” e não achar que ela tem apenas a ver com dinheiro,
equilíbrio financeiro, corte de gastos? É a crise que nos leva às soluções. Sem
ela não há crescimento. Ela nos faz desacelerar, pensar, reformular. É a figura
do mestre Saturno – regente dos Capricornianos. Ele seca para fertilizar,
esgota para encher novamente. Leva a pessoa para o fundo do poço para que ela
tente uma solução para subir novamente. Saturno é o precursor das mudanças. Sem
ele ficamos imobilizados. Não é à toa que os capricornianos são tão
trabalhadores. Passam a vida nesse vai e vem. Se pensarmos no tarô, vamos
encarar a carta da morte que também encerra ciclos para iniciar novos. Ela
movimenta a vida e ultrapassa o passado. Enterra o tempo. Todo tempo tem seu
tempo. Vamos nos entregar ao tempo. Viver com leveza, suavidade e aceitação.
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Fui
assistir ao filme “O regresso”, agora premiado com três oscars muito merecidos:
fotografia, direção e melhor autor. Obra densa, muito sofrimento e dor. No
entanto, há na fita uma belíssima integração entre as forças do homem e da natureza. A personagem
de Leonardo di Caprio, mostra o tempo todo a capacidade de superação pela força
da mente e conhecimento visceral dos elementos da natureza. Ele domina a terra,
água, fogo e ar de dentro para fora e de fora para dentro. E não se importa com
o tempo. Quem conhece a Mãe Terra sabe que todo tempo é tempo e para todo o
tempo tem seu tempo.
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E
continuo perplexa com a capacidade de adaptação dos pequenos às novas mídias. Ah
essas crianças cristais que estão chegando! Numa reunião de família oferecida
pelas duas tias avós, minhas irmãs que acabam de chegar a Friburgo, os quatro
pequenos foram proibidos de levar os tablets. Era preciso socializar, brincar
uns com os outros. Notória preocupação dos pais atuais. Depois de correrem pelo
corredor, entrarem e saírem dos quartos e armarem uma barulheira insuportável
para os adultos, liberamos nossos celulares. Os danadinhos passaram o resto da
festinha se comunicando pelo whats app. Tiraram fotos, selfies, e usaram nossos
grupos para enviar uns aos outros as mensagens e imagens. Idades, cinco, seis e
sete anos. Mas o melhor de tudo foi, no dia seguinte, morrer de rir com com os
posts deles, antes de deletar as conversas. Vocês acham que nosso tempo é igual
ao deles?
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