Amigos da Ana
Quantos serão os amigos da Ana?
No site nós sabemos, estamos lá com nossos retratos. Mas nos últimos dias tenho
pensado muito nessa incontável legião de pessoas que a cercaram em seus quarenta
e três anos de colunismo social quando me substituiu na Coluna Carlos Swann, na
licença maternidade de minha segunda filha. Lembro até hoje nosso diálogo: “Ana
se você se adaptar o cargo é seu. É segredo, mas não vou voltar.” E ela
rebateu: “Como assim, não vai voltar? Está maluca? Vai largar esse trabalho
maravilhoso?” E foi assim que ela se tornou colunista social, a mais
profissional de todas, até agora. A lealdade da Ana, uma de suas principais
qualidades, fez com que ela afirmasse em todas as suas entrevistas que eu era
responsável por sua carreira.
Não Ana! Eu apenas te passei uma
cadeira que você poderia ter sentado de várias maneiras e você escolheu a mais
brilhante de todas: a do crescimento e aprimoramento profissional! Percorreu
vários jornais, trabalhou com todas as grandes feras do jornalismo social do
Brasil e alçou vôo próprio. Quando inaugurou seu site me chamou para abrigar meu
blog, já lá se vão onze anos. Sempre juntas.
Voltando aos amigos, acho que Ana
personalizou a música de Roberto Carlos – “Eu quero apenas” – cujo refrão era
uma espécie de lema: “Quero levar o meu canto amigo; a qualquer amigo que
precisar” e a estrofe: “Eu quero ter um milhão de amigos e bem mais forte poder
cantar” foi o que conquistou com seu profissionalismo e bondade de coração.
Quantas pessoas a Ana ajudou? Impossível avaliar, mas cada um sabe o papel dela
em sua vida.
As qualidades já citei algumas, profissionalismo,
lealdade – sua marca mais forte -, bondade intrínseca, alegria, alto astral, caridade, amor
aos amigos e à família. Me dói o coração pensar no Chris, Carol, Antonia,
Olívia. Na Bel (a irmã de todas as horas) e o seu núcleo que tanto a amava:
Guilherme, Clara e seus clãs. Mas não pensem que ela era mulher boazinha, sabia
brigar muito bem por seus espaços, ideologias e por quem amava.
Há trinta anos moro em Nova
Friburgo, mas nunca perdemos contato. Acompanhei sua vida pessoal e profissional
de perto, nos falávamos sempre, e além disso, ela nunca deixou de fazer a
crônica familiar nas suas colunas – outra marca profissional forte. Bela
Antonia, Baby Olívia, o Chef Chris, a nora Carol que amava como filha, a irmã Bel e os sobrinhos eram personagens
que todos nós leitores conhecíamos e acompanhávamos. Quem não se lembra da luta
do pequeno Gustavo pela vida da qual nós todos participamos em corrente positiva.
Pois é amiga querida, agora nossa
corrente foi mais elevada. Você precisava de força espiritual para viver sua
nova vida e nós ajudamos, pois do lado de lá você é muito mais poderosa! Com
certeza vai encontrar os amigos comuns, nossos parentes, levar notícias e fazer
uma bela coluna social na espiritualidade.
O céu que aguarde você!
Com todo meu amor,
Cris