segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Nostradamus e a pandemia


 

Desde que escrevi meu romance “A grande luz” cujo tema está ligado a profecias, passei a me interessar por Nostradamus. Suas profecias são às vezes herméticas, outras ocultistas, e a maioria ligada à França. Porém, em suas visões para o futuro, ele fala de três anticristos: o primeiro foi identificado pelos teóricos que o pesquisam como sendo Napoleão; o segundo Hitler; e o terceiro é bem indefinido, porém o profeta o localiza como sendo do Oriente Médio, ou da China.

Sabia disso e, quando a pandemia se estabeleceu, curiosa fui reler meus estudos. Lá encontrei, no livro “Novas profecias de Nostradamus: 1995 em diante”, de Erika Cheetam, uma quadra que me chamou a atenção:

                A Libra será vista reinando no Ocidente,

                Dominando os céus e terra

                Ninguém há de ver destruída a pujança da Ásia

                Até que sete hajam ocupado a hierarquia em sucessão

                                                                               IV. 50 

A autora interpreta que: “Quando libra, a Balança, dominar nos Estados Unidos, estes parecerão todo poderosos (...) Mas assim que o sétimo chinês ascender ao poder, essa força começará a declinar.” Sétimo chinês? Quem seria? Fui na última linha da quadra e está lá: “Até que sete hajam ocupado a hierarquia em sucessão.” Érika, em 1985, remete às sucessões depois de Mao Tse-tung. Fui ao Google e contei todos os governantes a partir de Mao e fiquei perplexa! Xi Jinping é exatamente o sétimo.

Profecia é assim, caem os véus do tempo, os fatos se encaixam, e o quebra cabeças vai se fechando.  Em Nostradamus, as previsões mais afastadas de sua época, certamente, são mais difusas. Difícil para ele interpretar simbolismos que não conhecia, políticas e diplomacias que sequer existiam. Cabe aos que o estudam chegar perto do que o grande profeta indicou. Nesta quadra há enigmas que serão decifrados no momento atual. A China chegou a um grande poder no mundo. Seu principal antagonista são os Estados Unidos. Xi Jinping tem hoje a mesma visibilidade do presidente do mais importante país do mundo ocidental. Há uma luta de forças e a pandemia,  vinda da China, reforçou isso ao mundo. É um outro tipo de guerra, porém muito poderosa e com consequências ainda não totalmente previstas. Economia, saúde, diplomacia, indústrias estão sendo atingidas por grandes perdas.   

Como o planeta vai reagir? Deixando-se levar pela energia de transformação que nos envolve. Cada governante tem um papel importante e o que o mundo espiritual espera é que todos entendam as quebras de paradigmas que já começaram. É necessário instaurar o Novo – um novo tempo de colaboração e igualdade – onde não haverá mais espaço para grandes disputas comerciais e guerras. Que as perdas de tantas vidas ajudem a equilibrar os pratos da balança – vista por Nostradamus –, primeiro em nossos corações e, estendendo-se pelo mundo.