sábado, 4 de junho de 2022

Para minha querida Ana

 


Ana e sua maravilhosa energia positiva

 

Quando comecei a fazer parte da equipe dos “Amigos da Ana”, no seu site em 2011, fiz uma introdução chamada “Dobradinha antiga”:

 A partir de agora estarei presente, através de meu blog “Universo paralelo – viajar com alma e a imaginação” –, na página da jornalista Anna Ramalho. Para mim é uma honra participar do projeto da Anna, fera do colunismo carioca há mais de três décadas. Não é a primeira vez que desenvolvemos uma parceria e a nossa última dobradinha deu muito certo para as duas! Tenho certeza de que iniciamos mais uma etapa profissional “bem sucedida”, como tudo que desenvolvemos juntas até hoje. Haja vista a nossa fiel e afetiva amizade!

Agora, depois de uma ausência prolongada por conta da pandemia e problemas pessoais, volto com um texto de Caroline Mys, em seu livro “Medicina intuitiva”, que gosto muito. Quando tive um sério câncer de mama, esta leitura me fez refletir e, com certeza, mudou o caminho da minha cura. Ana é guerreira e vai trilhar este momento com a capacidade de reflexão e o brilho que sempre teve e que é a sua Luz Própria!

 Querer se curar

 "Na maioria dos casos, a primeira reação ao diagnóstico de uma doença séria é: “eu quero viver”. Para a grande maioria, é incompreensível que alguém possa fazer uma escolha diferente. E, todavia, muitas pessoas têm pouca compreensão do vasto oceano de poder interno que separa a vontade de viver da vontade de se curar. A vontade de viver é uma reação à doença que tem origem na personalidade. É uma reação baseada no medo, capaz de produzir uma alma artificial e sentimentos passageiros de coragem. A afirmação “eu quero viver” é simplesmente uma outra forma de dizer “eu não quero morrer”, mas há um poder pouco autêntico presente na vontade de viver.

Querer se curar requer mais do que o desejo de não morrer. A vontade de se curar é um compromisso muito mais profundo com o processo de cura. Ele mostra a capacidade de entrar na jornada de completa transformação de si mesmo, sem concessões ou limitações.

A vontade de se curar é a capacidade de viver preparado para mudança e/ou para o desapego de tudo aquilo que não está contribuindo para o seu bem-estar interior. Nessa jornada de transformação não se pode ter nenhum tipo de comprometimento. Não é suficiente, por exemplo, liberar apenas parte da negatividade ou perdoar alguém apenas parcialmente. E não é suficiente a pessoa admitir que sabe o que precisa fazer e não agir para mudar. A doença floresce no adiamento e nas desculpas. A resposta mental para a cura – quando o indivíduo sabe o que tem que fazer, mas não toma nenhuma providência com relação a isso – é a vontade de viver em ação; em outras palavras, é apenas falar sobre o caminho para a cura, sem, no entanto, fazer alguma coisa a respeito

Curar requer transformação. E, por essa razão, dever-se-ia reconhecer que a cura é uma questão de coragem. Ela requer uma tremenda força interior para mudar padrões familiares de pensamento e de vida, especialmente quando se está fisicamente fraco. Ainda assim, aqueles que estão enfrentando uma doença devem compreender que a vontade de viver – referindo-se ao desejo de não morrer – não resulta e nem pode resultar em saúde. Curar-se é um caminho de ação.”