Minha filha Gabriela diz que a noite do ano que ela mais gosta é a de 24 de dezembro. Para ela, a energia que vibra no ar, é de muita alegria e confraternização e sentimos isso a cada quarteirão que passamos ao nos encaminharmos para a festa de Natal aonde iremos confraternizar, trocar presentes e votos de amor e paz.
Ela tem toda razão. A festa do Natal é a única do ano que reúne todas as religiões, crenças e não crenças em torno de um propósito espiritual. É certo que há os presentes – fruto de nossa sociedade capitalista -, mas neste dia eles refletem afeto, carinho e doação num gesto de amor que transcende a matéria ali contida.
Todos se dirigem para uma bela ceia onde os alimentos simbolizam a nutrição e o prazer de degustar nossas delícias preferidas, às vezes confeccionadas com mãos que se doam nesse ato.
É bom lembrar os que não têm essa alegria, mas muitos deles são alvos de benefícios gerados pela “corrente do bem” que lhes provê presentes e alimentos na “noite da alegria”. E os que participam dessa generosidade partem para suas festas particulares com a certeza de que contribuíram para que os menos necessitados tenham uma noite feliz. Essa onda de amor aumenta ainda mais a “energia do bem” que Gabriela percebe na noite do dia 24.
Eu também, sempre gostei da noite de Natal. Em nossa família de sete filhos, era mágico. Começava com a missa do galo na capela do colégio onde as “meninas” estudavam. Chegávamos todos de roupa nova, meu pai e minha mãe orgulhosos da prole bonita e saudável que eles lutavam para sustentar com o melhor padrão possível (e olha que era alto para um oficial de marinha na segunda década do século XX...). Ali nos emocionávamos com as luzes do templo todas acesas, músicas inesquecíveis e as religiosas em júbilo pelo nascimento de Jesus. Depois a ceia em família e a ida para a cama excitados pela expectativa dos presentes na manhã seguinte!
Hoje, quando saio de casa para a festa, na casa de minha outra filha, Helena, que nos recebe com amor e carinho, vou recolhendo no caminho a energia das luzes acesas que vibram em todos os lares, nas luzes coloridas das ruas da cidade, no amor que está suspenso no ar. Para mim são estrelinhas douradas que levo e distribuo para meus amores reunidos lá:
João, o filho mais velho, meu amigo de todas as horas, e Ângela, a nora que me deu meus dois tesouros: Luís Otávio e Marco Aurélio (a dupla que veio primeiro);
Helena, a do meio que me ensina a ser guerreira, e Marcelo pais do incrível Caio e que vão me dar a primeira menina da trupe; e a doce e fiel Gabriela (personagem desta crônica) e Leandro pais do maravilhoso Felipe e do insuperável Gabriel.
É claro que lá estão também outras pessoas com quem divido as estrelas douradas, do mesmo modo que faço com todos que amo e com vocês meus leitores fiéis!
Feliz Natal!
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