Olhar para o céu 1
Amanhã é o alinhamento de 23 de
setembro, muito divulgado na internet. Quem quiser saber mais entre no link http://pensopositivo.com.br/23-de-setembro-de-2017-alinhamento-planetario-fim-da-escuridao/
O fato é que, previsões catastróficas e invasões extraterrestres à parte,
trata-se de um evento astronômico concreto do qual a astrologia se apropria
para suas confabulações simbólicas. O importante é que o planeta Júpiter entrou
no ventre da constelação de Virgem e de lá vai sair, como um nascimento,
amanhã. Sendo Virgem feminina e Júpiter o rei do Zodíaco, podemos pensar num
evento que nos traz uma nova organização cheia de luz e proteção. Tudo que
nosso planeta precisa agora! Portanto, não tem nenhuma correlação com
escuridão, colisão de planetas e outras bobagens sendo ditas por aí. Significa
sim, mudanças profundas e todas as turbulências que elas nos trazem. Uma
derrubada do status quo planetário,
não é coisa pequena. Caso nada de mal nos aconteça, e amanhã estejamos todos
aqui, minha sugestão é alinhar nossa energia a essa efeméride repleta de
estrelas e energias cósmicas e mentalizar paz, harmonia e ascensão para nossas
almas. As transformações vêm de dentro para fora. O astral nos dá algumas
ajudas e, a que se avizinha é potente.
Olhar para o céu 2
Perdi mais um cachorrinho. Desta
vez ele não era só meu. Herdei o bichinho de minha mãe, há dois anos, quando
ela também se foi. Éramos amigos de longas datas, pois estive com ele e suas
proprietárias – mãe e irmã -, desde o canil de origem. Dalai. Nome de
santidade. Mas ele foi logo avisando que de santo não tinha nada. Pintou e
bordou com as duas, foi mimado e estragado. Quando veio para Friburgo
mostrei quem era o chefe da matilha e
ele entendeu tudo direitinho. Mimos e estragos ficaram para trás e a santidade
sobrepujou o delinquente. Chegou velhinho – 13 anos – deu muito trabalho em sua
velhice. Ganhou amiguinhos infantis que adorava. Recebeu amor incondicional de
minha parte até o fim. Foi meu companheiro, amigo fiel, como só os cães sabem
ser. A dor de perder um cão – que já conhecia, pois sempre os tive -, dessa vez
foi aumentada pelas memórias que ele me trazia. Era um pedacinho de minha mãe e
irmã que eu cuidava, acarinhava e, de certa forma, perpetuava. Sua ausência me trouxe várias perdas. Um luto
que vai demorar até que eu consiga olhar para o céu e encontrar minha nova
estrelinha.
Olhar para o céu 3
Há vinte e quatro anos tomei a
decisão mais difícil de minha vida. Mudei para Friburgo com meu (ex) marido e
três filhos adolescentes, sem ter nada de certo por aqui. Olhei para o céu vi
as montanhas e parti. Hoje me sinto Friburguense. Foi uma jornada difícil, mas
ultrapassei os obstáculos e venci. Aqui tenho meus filhos, netos e genros. Fiz
amigos muito especiais. Iniciei a carreira acadêmica na Universidade Estácio de
Sá, sem abandonar o jornalismo que hoje ensino com amor aos meus alunos.
Continuei estudando as práticas holísticas e tenho um público fiel que cresce a
cada dia. Cuido de minha espiritualidade nesta cidade abençoada por um clima e
um visual excepcionais. Digo tudo isso para reafirmar a minha escolha de sair
do Rio, no momento em que minha cidade de origem vive o caos da violência e
falta de comando – um dos principais motivos que me afastou de lá. Nunca, nunca
mesmo, imaginei que o que se iniciava em 93 – matança das crianças da
candelária e chacina de vigário geral –, entre outras atrocidades, poderia
desaguar no que vi hoje pela televisão. Olhei para o céu, vi novamente as
montanhas e me agradeci por decisão tão acertada. Daqui desejo: boa sorte Rio de Janeiro!
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