Carta da morte no baralho cigano |
De tempos em tempos, a vida nos convoca a dar uma parada,
viver períodos de recolhimento e reflexão em função de vários acontecimentos. A
perda é um desses momento. Podem ser perdas de pessoas, afetos, e até mesmo de
bens materiais. Deixar partir, desapegar, desprender é muito difícil. Um dos
nossos maiores desafios de aprendizado e crescimento. E, nessas horas, são
mobilizadas energias poderosas para abrir caminhos, terminar ciclos e iniciar
novos tempos. Devemos navegar a favor da maré, largar o corpo e esperar chegar
na praia, novamente.
Perdas são ocasião de renovação, renascimento, crescimento.
Olhar o que se foi, sem se agarrar ao passado, apenas sorrindo para o bem que
vivemos é o que nos impulsiona para a continuidade da vida. Empurrar o tempo,
pensar no futuro, enxergar o novo e se regozijar com ele, nos ajuda a vencer as
tristezas e lamentos do que se foi.
Não estou falando só da morte, mas de fins de relacionamentos,
mudanças de casa, cidade, país, perdas de status, emprego, dinheiro. Grandes oportunidades
de libertação e transformação radical. No tarô, vivenciamos isso na carta da Morte;
na astrologia com o planeta Plutão. Grandes Mestres que nos trazem lições de
recomeços e limpeza.
No entanto, para viver tudo isso e crescer, precisamos parar
de olhar para trás com olhos de tristeza e renovar nossas esperanças. Deixar
entrar a energia da renovação que todas estas vivências nos estão mostrando,
justamente pela ausência, pelo não existir mais. Há um recado precioso nas
perdas. É preciso saber ouvi-lo.
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